segunda-feira, 21 de julho de 2008

Decepções e fracassos

Depois de algum tempo sem escrever (aqui, claro), eu resolvi voltar a fazê-lo. Como se fosse uma ironia, o ‘desabafo’ de hoje é relacionado ao anterior, mesmo que seja uma outra forma de pensar a questão. Nessa hora, a gente pára pra pensar: como as coisas mudam... como a gente muda! Esse mês está estranho, delicadamente frio, estranhamente solitário e detalhadamente cheio de novidades (as boas, as ruins e as péssimas).
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Final de junho, início de julho. A primeira coisa que se fez presente foi a dúvida. Será que teria férias? Se tivesse, será que ela seria boa? Será que haveria descanso, paz, sossego, diversão, festas, (des)encontros etc.? Tudo estava muito confuso e tudo se passava como um clarão. Ele percebia que não estava aproveitando nada, e que aquele sentimento de solidão e desespero estava tomando conta. Ainda assim, ele conseguia sorrir, fazer as piadas de sempre, entreter; se esforçava pra demonstrar que era aquele poço de confiança, segurança e destreza. Ele não sabia como lidar com nada. Ele sequer tinha domínio sobre a sua própria vida. Sim, ele estava de-ses-pe-ra-do(!); e ninguém percebia isso!



A família. Como pensar essa ‘problemática’? Como em todos os filmes de drama/romance, o ambiente familiar tinha que ser o aconchego, o alicerce e o apoio necessários. E, mais uma vez, ele não conseguia achar nada disso. Ele nunca era bom o suficiente, mas, em contrapartida, ele era ausente o suficiente. Se dar bem, crescer, alcançar, conquistar não eram coisas boas, naquele momento. Ele tinha que parar e perceber o quanto todos esperavam dele, o quanto todos cobravam dele. Cansava (na verdade, mais doía do que cansava) ouvir e saber que nada era suficiente... sem contar em ter que agüentar ser o que era. Não havia opções.


Os amigos. Novos, antigos, verdadeiros... ele nem sabia mais o que era realmente a amizade. ‘Definam esse conceito! Eu não acredito em vocês, e não acredito em nada do que vocês me disserem!’ Existem, no final, colegas? No subconsciente, ele pensava: desculpe aqueles que realmente considera-o amigo... Mas há muita mágoa (ênfase!) em toda a história. Doar, tentar, analisar; ele fez de tudo, mesmo sabendo que o problema também estava com ele (pobre desnaturado), e, dessa vez, ele não iria culpa o tempo, ou a falta dele. No final, ele descobrira que realmente iria ser solitário, mesmo estando com várias pessoas ao seu lado. Que desespero!


A faculdade. Conseqüência maior de seus atos e falta de interesse, ele estava, nesse ponto, realmente preocupado! Ele assumira responsabilidades, e já que ele tinha que crescer, que fosse de uma vez; dessa vez. Isso também refletia, e reflete, em todos os seus atos e naquela sua descrença atual. Falta de léxico, de compromisso e de maturidade! Sim! Ele percebera o quão importante era, e o quanto ele gostava daquilo. Agora, nessa altura do campeonato, ele realmente estava satisfeito com a escolha feita. Talvez essa fosse a única coisa boa, atualmente. Mesmo sabendo que ele era ‘precoce’, ele estava sentido, estava machucado e realmente preocupado... Ele vira que não tinha sido responsável, sério, realista, ‘pé no chão’ o suficiente. Estão vendo? Essas questões sempre o atormentam, sem precisar que todos façam isso; e ainda assim todos, to-dos!, insistem em fazer.


Está bom! Ele sabe que isso não é só com ele, que as coisas são fases e que tudo muda. Ele sabe aquele caduco e ressentido ditado de que você tem que pensar que tem muita gente pior. Mas ele pode ser egoísta, pelo menos dessa vez, e pensar que está tudo péssimo, está tudo vazio, está tudo perdido? Ele só quer, na verdade, não se tornar frio, vazio, egoísta, cético, descrente... Ele só quer voltar a ser o que era, quando tudo e todos eram lindos e perfeitos; quando ele sentia vontade de agradar, de esperar, de sentir... como se fosse a primeira vez, sempre! Ele gostaria de saber se expressar, de ser completo e claro... de ser aquilo que ele sonha ser, um dia.

sábado, 26 de abril de 2008

Conhecimento inapropriado

Quando menos se espera, as idéias surgem, e a vontade é de ter ao alcance um meio de expressá-las e registrá-las. Nesse começo, ele estava perdido. Queria apenas escrever, manter e divulgar. Mesmo não tendo tempo, ele queria ver um filme, dois ou três... quem sabe vários; mas, infelizmente, não sobrava tempo. Nesse instante, tudo era mais importante, tudo tinha prioridade na sua vida.
Um dia quente, aconchegante e proveitoso. Ele realizara todas as suas vontades... desde quando acordara. E esse era o propósito (como ele adora conseguir seguir suas vontades!). Ao final da tarde, à espera de mais uma de suas realizações, ele pára pra ler a respeito de seu signo (pisciano ingênuo... e olha que ele não acredita nessas coisas. Ou acredita, não é mesmo?). Sentimentalista, romântico incurável, mantenedor das (verdadeiras) amizades, corrido, desnaturado, insensível (nesse momento) e, sempre, simpático. O dia mantinha-se admirável.
Após uma longa espera, ele pára, verdadeiramente, para pensar um pouco na vida. E nesse instante, ele se sente confuso. O medo estaria tomando conta. Aliás, seria mesmo ‘medo’? Ou seria apenas aquela velha sensação de vazio, insegurança e/ou expectativa? Acompanhado pelo seu telefone, ele esperava aquelas ligações rotineiras (e, literalmente, esperadas) e, mais ainda, a noite chegar. Tinha um “quê” de novo naquilo tudo. Vamos ao que interessa!
Sabe-se lá quantas vontades ele ainda tinha. Sabe-se menos ainda o que passava pela cabeça dele, ou o que ele estava planejando. Nesse ponto, entra o “x” da questão: era a vontade de encenar e a vontade de representar (e que fique claro que a representação, nesse caso, seria a realidade. Aquela mesmo, sim). “Quatro amigas e um Jeans viajante”, propositalmente sete ou oito, contado os ausentes... ainda assim, faltava a peça em comum. E, mais uma vez, nesse ponto, todos eles eram diferentes (essencialmente diferentes).
Ele era sorridente, ela era a melhor amiga; o outro era o namorado, que estava conhecendo o amigo estudioso; o casal era uma perfeita simetria; e aquela era empolgada (maravilhosamente empolgada); e a baixinha era a queridinha. Todos se sentiam confusos e, ao mesmo tempo, felizes. Queriam ter aquela viagem (a do filme), e queriam contar todas as novidades. Eles sabiam que havia muito segredo envolto naquilo tudo!
O mais importante entra aqui: será que seremos felizes, no final? Ele quer filmar as suas vidas. E ele quer escrever pra que todos tenham esse final feliz, tão sonhado! Ele, certamente, tem esse poder... Porque ele conhece os defeitos e as falhas de cada um. E, mais importante que isso, ele admira isso em todos. Enfim, um pisciano é sempre intuitivo; mesmo lutando contra isso. ... O dia continuará unicamente excelente!

terça-feira, 22 de abril de 2008

'Cinemando'

O corpo não agüentava mais; ele lutava contra a biologia e superava os limites. Sabia que aquilo não o faria bem, mesmo porque ele não sabia o que era o melhor para ele (sim, essa é a contradição). Além das dores no corpo, o nariz congestionado e os olhos “fora da órbita”, os pensamentos não paravam... ele(s) queria(m) se extravasar. A vontade era de trabalhar as questões do dia-a-dia, relacionados à vontade de unir a ficção vendida e a idéia apresentada (Hollywood sabia prender a sua atenção, sempre!).

As vontades, unindo-se aos pensamentos, se misturavam e não conseguiam se definir. As coisas poderiam ser mais fáceis. Todos estão correndo e nada pode ser admirado, a sobrecarga e a falta de tempo prejudicam as suas realizações. Será que ele conseguiria realizar o seus... anseios? Sonhos? Objetivos? Que seja! O céu é de que cor? O sorriso ainda é fácil? O que ele mais procura, nesse momento, é a realização; ou não, porque ele não deixava mais aquele tempo para ele... o menino se esvaiu, que pena! (A confusão com o tempo, nesse caso, é proposital... afinal, todos somos o propósito da efêmera vontade de conseguir). Se pensarmos bem, nada disso é complicado. A vida, essa sim é confusa; maldita!

O pai, a mãe, os amigos, todos se perdem e não conseguem mais reconhecê-lo. E essa é a única certeza: a certa opinião de que ele nem sabe mais o que é, o que quer, e ao que veio. Adianta viver assim? Haverá recompensa? Ele acha (tendo certeza) que não haverá sentimentos na rotina “sobrevivida”... que ele, definitivamente, não está satisfeito. Droga!

A empresa cinematográfica (aquela que consegue vender a sua vida) nunca vai suprir as suas sensações. Você faria isso por ele!? Acho que todos precisam de ajuda. E, sim, alem de carente, ele é bipolar (ele maquia a realidade – parabéns aos autores!). como ajuda-lo? Enfim, aqui entra a questão real: como vocês nunca vão entendê-lo mesmo, não há como, também, definir o tema desse... e não queira entender; não há como delimitar. É o primeiro, de muitos outros; e, quem sabe assim, vocês vão tentando (ou ele queira, de repente, se tornar claro). Mesmo assim, ninguém vai querer dar atenção, ou vai? Por favor!

A Madame Marmalade, como personagem preferida, nem quer ajuda-lo. Ela é prepotente, poderosa, arrogante, elegante e a charmosa... e inteligente. Maldita! Porque não ensiná-lo a essência desse poder? Com o tempo, ele vai conseguir e ele vai superar todos os seus personagens. Mesmo que clichê, a nossa citada indústria fará a nossa vontade e despertará o nosso interesse. Ele adora e suspenses bem feitos, há prazer na expectativa; ele entra em gozo permanente. Ele venera o terror; o que é melhor do que o êxtase com a desgraça do outro? O romance? Ele gosta e odeia: por quê que lá é tudo tão “feliz para sempre”? não há nada melhor do que ser dramático; e isso ele tira de letra, espertinho! Agir, ficcionar e se aventurar. Eis aqui o preâmbulo dessa história. Ele quer se “endeusar”. Êita menino esperto! Vamos ao que interessa. Você vai se interessar? Sempre? Foda-se (mentira)!