sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Às juras de amor eterno

Era uma noite de segunda-feira, talvez terça, não me lembro ao certo. Daqueles dias em que você não quer sair da cama, não quer sorrir e muito menos se socializar. Com a chegada da noite, e o peso sufocante que refletia um dia cansativo de expectativas e projeções, eis que surgiu um convite. Um convite para passar a noite em um lago - no meio do lago, para ser mais exato - em um chalé, dentro de um condomínio fechado. De início, a proposta pareceu mais tediosa do que estava sendo aquele dia, mas a mente não podia ficar vazia, já que era a hora do árduo e massante expediente da 'oficina do diabo'.

Às 21h30, aproximadamente, quando não se tinha mais nenhuma alternativa, parti rumo àquele encantador lugar. Entre um cigarro e uma Heineken, começamos a conversar. Éramos três, na ocasião... com uma visita de dez minutos, no meio daquela que prometia ser uma noite de risadas contidas e de reflexões pesarosas. Falamos de nós; e nada mais além do que isso! Tínhamos muitas semelhanças, afinidades, mas as diferenças, nesse meio tempo, foram mais significativas.

"Por que não consigo me apaixonar por outra pessoa?" "Por que não consigo me entregar de verdade?". Essas perguntas seriam o marco daquela noite, seria nosso ápice, o clímax... e que clima! O preâmbulo dessa conversa começou com a dúvida de que se amor verdadeiro é só um mesmo para toda a vida, e chegamos à nenhuma conclusão. Apesar de acreditar que isso é relativo e efêmero, como grande parte das coisas de nossas vidas. Eu ainda não consegui me entregar, mas eu sei o quanto posso me apaixonar, e sei que posso amar de novo.

Mas aí a coisa ficou tensa! Tensíssima! O fantasma do amor, do passado, daquele relacionamento que terminou por causa das diferenças e intolerância, existe na vida de todos aqueles que amaram - ou amam (e muito!), na verdade! Nós três nos questionávamos por que o outro, aquele, aquilo, insistia em reaparecer, nos perturbar, colocar dúvidas em nossas cabeças... Sem perceber, descobríamos uns dos outros que a história se repetia, com suas várias nuances, mas com a mesma essência. E voltávamos a devanear: por que não me apaixono por outro? Por que não consigo amar outra pessoa?

E depois de horas a fio, voltando para casa, percebi que se há amor, há problemas, e que se há problemas, mas ainda há amor, é por que não acabou, e pode se dar uma outra chance, ou duas, ou mais... Enquanto houver amor, e só enquanto houver amor! Mesmo sabendo que pode acabar de novo, sofrer de novo, tem que se dar uma chance. É certo que nem todos mudam, mas se é pra sofrer, que seja de tentar, que seja de insistir, e não de ficar sozinho em casa em uma noite que tem tudo para ser bonita, mas que, na verdade, sufoca o peito, a alma, e esfria a cama vazia. Se for pra sofrer, que seja por amor, por tentar, por se entregar ( e insisto, enquanto houver amor!) e não por esperar que se ame outra pessoa. Que não soframos por esperar por algo que pode não vir, mas que soframos por tocar aquela alma mais uma vez, mesmo que a dúvida assole, e que saibamos, lá no fundo, que o final é iminente!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dos relacionamentos que não deram certo

De repente, você se pega pensando em como era ser solteiro, sair com os amigos, baladas sem fim, viagens de última hora, mensagens de madrugada e, de vez em quando - o que chegava a ser muito bom -, visitas de madrugada! De repente, você começa a se questionar sobre o lugar onde está, o que está fazendo com a sua vida, e começa a ter dúvida sobre quando se ´perdeu'. Você começa, de repente, a divagar sobre relacionamento, e não consegue entender, sobre qualquer hipótese, o que realmente é certo em uma relação a dois.

Você erra, ele erra. Você erra mais ainda, e ele continua errando... Vira uma bola de neve! Isso é o início para se chegar ao inevitável: o final! E, se nessa hora parássemos para pensar no quanto gostávamos da pessoa, o quanto éramos felizes antes de tudo (e de todos), se parássemos para pensar que os erros podem ser remediados e que os relacionamentos amadurecem e se ajeitam, não deixaríamos chegar onde sempre chega. Vivemos em um mundo em que as pessoas se entregam rápido e desistem mais rápido ainda... Por mais clichê que seja, vivemos o imediatismo e não temos paciência e nem maturidade suficientes para lidar com os problemas.

De repente, você desiste de tudo, joga pro alto e parte pra outra. E aí, de repente, você começa a se questionar, se, mais uma vez, você fez a coisa certa, e coloca em xeque se deveria ou não voltar atrás, tentar novamente, relevar os erros e esquecer o passado. Por que, de repente, você percebe que não tem como mudar o passado. E esse passado, tempos depois, volta a se tornar presente, e você começa a perceber que ele, definitivamente, sempre será um futuro, necessariamente!

E você começa a perceber, de repente, que o problema poderia estar com você. Mas, pouco depois, você começa a perceber que não era... e começa a aceitar as velhas máximas: se não deu certo, não era para ser! E, mais complexo ainda, você começa a perceber (e a aceitar) que deu certo... que deu certo enquanto era feliz! Então você desiste de se relacionar, desiste de arriscar e vai se fechando. Mas aí algo acontece e muda todo o rumo, e toda a  sua história.

E você percebe, de repente, que a melhor coisa do mundo é se apaixonar, se entregar, se jogar! Percebe, de repente, que ninguém nasceu para ficar sozinho... E começa a aceitar que a vida é cheia de altos e baixos, e que não dá para controlá-la. Percebe que a dor é inevitável e que o amor é a sua cura. Percebe que as defesas são desnecessárias e que se apaixonar renova o espírito. Percebe que esse relacionamento pode não dar certo, no final, mas que ele pode dar certo enquanto estiver te fazendo feliz! E vai crescendo, e aprendendo e sorrindo!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fé! Fé! Fé!

Não dá para explicar a angústia que sinto, o aperto que me aflige! Que horror! Quando ouvia falar desse sentimento, dessas sensações, eu nem imaginava o quanto era ruim, apertado e sufocante. O choro, infelizmente, já não serve mais para estravazar. Não vou pedir para que imaginem com seria se tirassem o chão de vocês, por que clichê nenhum serve de paradigma para que possam realmente entender. Até hoje, eu nem imaginava que existia coisa semelhante.

Uma amiga estava passando pelo Orkut do meu irmão, e lá estava ela. Linda, sorridente, confiante, forte, acolhedora. Eu acho que nunca tinha reparado o quanto minha mãe é bonita, maravilhosa. É, literalmente, como se ela brilhasse, refletisse, iluminasse.

Eu sei que mãe é mãe, e que todo mundo tem a sua, e que ama mais que tudo que possa vir a existir no mundo... mas a minha mãe é mãe de todos que a cercam. Ela não é só minha mãe, do Paulo e do Caique. Ela é mãe do meu pai, da minha avó, de seus irmãos, dos meus amigos, dos sobrinhos, enfim, de todos! E ninguém pode contestar isso! Não tem uma brecha que sobra nisso tudo. Minha mãe é inexplicável.

Encontro forças nas minhas orações. Da minha maneira falha e sem graça, mas com toda fé do mundo e certeza de que ela vai ficar bem, eu tenho pedido a Deus para que a proteja, para que a deixe conhecer seus netos, para que aproveite tudo o que veio batalhando para conseguir na sua vida, para que ela seja forte e saia dessa cheia de saúde!

Um amor, um grande amor, já me foi tirado... e não suportaria, de jeito nenhum, que me tirassem o maior amor do mundo, que me tirassem o meu esteio, meu exemplo, meu sustento. Enfim, não existem palavras nem ações nesse mundo inteiro que demonstrem o que sinto, e o quão bonito e perfeito é o que sinto pela minha mãe. Não só por ser minha mãe, mas por ser minha amiga, a minha alma gêmea!

Eu te espero, mamãe, por que é minha vez de cuidar de você! Tenhamos paciência juntos!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gratidão. Reciprocidade!

Já disse algumas vezes que eu adoro surpresas. Afinal, quem não gosta? Na sexta-feira passada, por coincidência (ou não), resolvi entrar no meu Orkut logo de manhã. E aí você sabe muito bem como funciona: sexta-feira, dia de 'Butequis negads', morrendo de cansaço e de sono, eis que a surpresa estava ali. Para que possa entender melhor, vou comentar algo antes. Acredito que ser reconhecido profissionalmente é uma satisfação que não tem preço, é um presente muito justo e muito empolgante, motivador. Imagina quando isso vem de pessoas que não são seus chefes ou que não estão envolvidos diretamente com a hierarquia a qual está inserido!


Um depoimento. Na verdade, dois depoimentos. A mesma garota; a mesma querida!  Ela falava o quanto gostava das quintas-feiras, as quais eu estava no colégio dando minhas aulas e conversando sobre as atualidades e sobre o dia-a-dia de meus queridos alunos. Alguns, confesso, acabam se tornando amigos, amigos querido - aqueles que você quer que sejam os melhores escritores do mundo. E ela me falava sobre isso! Ela me falou de amizade, de falta, de empolgação, de companheirismo.

Foi simples, e nunca vou me esquecer de uma só vírgula do que ela disse. Sentirei falta das quintas-feiras, e espero mesmo que volte no semestre que vem! As redações me cansam, mas, mesmo com todo osso do ofício, uma coisa compensa a outra. Saber que sou querido e que vou fazer falta é um presente, um dos melhores, que poderia ter ganhado. 

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!"

terça-feira, 15 de junho de 2010

E viva a Copa do Mundo!

Não é que eu não seja patriota; nem de longe é isso. Mas é que, de fato, eu não gosto de futebol, e acho que desde quando o Dunga anunciou quem nos representaria no evento de maior repercussão mundial que existe na história, eu não vejo por que me envolver mais do que o necessário. É fato que todos sabemos - ou imaginamos - que o Brasil está fadado à derrota (não nesse jogo, claro). E se ganhar - a esperança é a última que morre! - será um "Cala Boca Brasil" muito grande. Concordam?



Fato é que agora eu vou ficar aqui, torcendo pela seleção, 'próximo' a alguns dos melhores jogadores que poderiam nos representar imensamente bem lá fora. É uma ironia muito grande para o país que acorda, come e dorme futebol. Sinto-me como se meus irmãos, e até mesmo meu pai - que vibra com a Copa do Mundo mais do que com o vôlei que ele tanto ama -, estivessem sendo lesados. É muita paixão para pouco retorno.

Os clichês então, nem quero pensar: comércio fecha, economia para, o aumento salarial é decidido no dia de estreia do Brasil, enfim. É inevitável pensar na infinidade de problemas que tenho para resolver e no cansaço que me consome a cada dia massante e exaustivo de trabalho.

Então, vamos reunir os amigos, por que aí sim, a festa está feita. Se tudo é motivo de festa mesmo, por que, então, não aderir à moda do 'amo o Brasil na Copa do Mundo mais do que o amor é capaz'? Não é verdade? Vamos lá Brasil, vamos com garra! - Até mesmo por que se o Brasil for ganhando, serão mais dias de folga. Enjoy!

Ps: Perdoem-me aqueles que gostam, de fato, do futebol. Eu não quero ir contra isso, não critico quem gosta... São só pensamentos soltos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Esse sono não me pertence!



Não tem nada nesse mundo que me deixa com mais(!) mau humor do que sono. É sério! Eu já parei para pensar, refletir, tentar entender o que me deixa nesse estado de espírito insuportável, e não adianta, não adianta mesmo, estar com sono me transforma. É aquela velha história do: "bom dia por que?"

Não que eu seja boêmio, ou coisa parecida. Tá bom, talvez seja. Mas fala sério, o tanto que é bom entrar no quarto, ligar o ar condicionado, entrar debaixo do edredon e dormir muito! É uma delícia. E não me venha com essa história de que as oito horas de sono são fundamentais para estar bem e descansado. Comigo não cola!

Eu acho que gosto tanto do final de semana por isso. Eu adoro sábado e domingo, sem distinção. Se deixar, eu durmo até às 15h, mesmo tendo deitado às 21h do dia anterior. E aí eu acordo bem... Acordo disposto, com vontade de ir ao cinema, de ver três filmes seguidos, de sair pra tomar um sorvete, dar uma volta no shopping, visitar os familiares. Eu, realmente, não acho que seja uma perda de tempo.

O pior é que não consigo controlar isso, e enquanto eu estou nessa jornada dupla-tripla-quádrupla de trabalho, eu vou me contentando com o fato de tentar ganhar dinheiro e crescer profissionalmente, para, depois, eu dormir minha aposentadoria inteira. Rs. Salvo exageros, eu adoro dormir e estar descansado. Afinal, quem não gosta?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Motel está fechado hoje!



Dia Dos Namorados está chegando, e nada mais natural do que programar uma noite especial com o seu amor. Não é? Não. Não é o que se pode fazer aqui em Goiânia, principalmente quando se trata de 'reserva em motéis'.

Um amigo próximo estava tentando fazer uma coisa que achei bacana. Reservar uma suíte duplex, com dois quartos separados, ir com o amor e com mais um casal de amigos e passar uma noite bacana, bebendo Lambrusco, rindo e, after, 'cada um no seu quadrado'. Mas não. Não se pode fazer isso!

Façam o teste: liguem em qualquer motel aqui em Goiânia e tentem fazer uma reserva. "Infelizmente, a gente não vai fazer reserva pro dia dos namorados". É quase contraditório uma coisa dessas... mas vai entender as goianidades. Não é verdade?

Então vai a dica: vão a um restaurante em Goiânia (qualquer um!) e fiquem horas esperando na fila o restaurante ter uma mesa para você sentar e ser mal atendido durante uma das noites mais especiais do ano.

Viva o dia dos namorados! o/

terça-feira, 11 de maio de 2010

"Se minha riqueza, mãe, é o teu amor!"

“Mãe, quero lhe falar neste dia, de todo coração com alegria, como é bom lhe chamar de mãe. Com carinho, num ato de amor, por vontade do Senhor, ganhei de presente a vida.”

Com certeza, todos já escutaram a velha máxima de que “mãe é a melhor coisa do mundo”. Se pararmos para pensar em quanto significado essa pequena frase carrega, ficaremos maravilhados com as infinitas possibilidades de expressá-la, de senti-la. O primeiro abraço, o primeiro beijo, o primeiro alimento, o primeiro suspiro. Mãe é a expressão mais linda de Deus nas nossas vidas!

Quando olho para trás, vejo o quanto minha mãe foi e é fundamental para minha caminhada. Foi ela quem me ensinou tudo o que sei, e é nela que eu me espelho para fazer minhas escolhas. Foi ela que me segurou para que pudesse aprender a andar. Foi ela que sustentou o lápis em minha mão, para que eu aprendesse a escrever. Foi ela que me protegeu quando precisava apanhar. Foi ela que me ensinou que o amor, a confiança, a fidelidade e o companheirismo são os melhores sentimentos do mundo. Mãe quer o bem dos filhos acima de qualquer coisa!

Se mãe diz “não”, pronto! Pode saber que ela está certa... e mesmo assim, às vezes, teimávamos em desobedecê-la, e acabávamos com o “bem que minha mãe avisou”! A sua sabedoria me enriqueceu, e eu pude aprender – mais do que isso, eu pude sentir – que não existe nada melhor no mundo do que as nossas mães. E eu ainda paro e fico pensando: Dia das Mães? Mas todo dia é dia da minha mãe. Então, aproveito o ensejo e tiro o dia para paparicá-la, para dengá-la, para aquecê-la. Quantas vezes ela fez isso por mim, e eu sequer retribuía? Quero que saiba, mãe, que não é falta de amor, nem coisa parecida. O que acontece é que, às vezes, não sou tão corajoso, destemido, expressivo como você é! Que orgulho tenho de ti!

Mas de uma coisa eu tenho certeza: você, mãe, é o melhor presente da minha vida! Não poderia imaginar minha vida sem você... E se, por um acaso, pudesse escolher uma coisa mais preciosa no mundo para ter, se Deus me permitisse escolher qualquer coisa, te escolheria todas as vezes, sem sequer pestanejar. Nunca vou me esquecer de que sem você não sou nada, e nem tentaria ser!

“Mãe, hoje aqui sozinho eu rezei, aqui no meu cantinho eu chorei, e chorando fiz uma jura. Juro que a partir de hoje vou fazer meu tempo, vou ficar mais perto do teu sentimento, vou ficar mais perto, mãe, do teu amor. Juro não deixar jamais a minha ambição falar mais alto que meu coração, se minha riqueza, mãe, é o teu amor!”

terça-feira, 13 de abril de 2010

Carta a um amigo

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!" [Vinícius de Moraes]

É, caiu a ficha! Fostes embora, e deixastes um imenso buraco... Aqui, agora, sozinho, paro para pensar nas infinitas coisas que aconteceram; nos abraços dados, na ajuda, no companheirismo, no disse-que-disse, nos puxões de orelha, nas palavras e mensagens maravilhosas, nas surpresas, no adeus apertado.

São tantos apelidos, são tantas risadas. Foram tantas dificuldades e tantas complicações. Fora tão pouco tempo físico, mas tanto tempo sentimental. Às vezes, eu faço uma confusão danada com isso: "há quanto tempo somos amigos? Ah, desde quando eu nasci, eu acho [ou melhor, eu tenho certeza!]!" E tem outra melhor forma de responder a isso? Não, não tem. E não tem ninguém, também, que me faça acreditar de outra forma.

Irmão. Algumas palavras saem da nossa boca sem ao menos percebemos os verdadeiros significados. Mas essa, irmão, eu te garanto que, além de muito bem pensada, ela é sentida. A oportunidade de te chamar de irmão e de sentir isso é um dos melhores presentes da minha vida...Tenho orgulho de saber que você se tornou meu irmão, e que temos o resto da vida para compartilhar nossas histórias.

Lembra de quando acordávamos antes das 7h [tá, eu quase nunca acordava. rs.] para ir à academia? ABS, aula de dança e, se sobrasse tempo, musculação. Rs. Irmão, quantas risadas, quantos momentos bons, quanta sintonia. Eu nunca vou me esquecer de nem um segundinho que passei ao seu lado. Muitas coisas - e enfatizo muitas! - foram ótimas e maravilhosas só porque você estava comigo, com a gente, com todos. Seu sorriso e suas brincadeiras contagiam todo e qualquer lugar.

Sabe o que nos dá força? É saber que você está crescendo, e que sua hora chegou. É saber que é forte o suficiente para enfrentar qualquer dificuldade, e que você nos tem, a qualquer hora, a qualquer dia, sempre que precisar... Não são milhares de quilômetros que farão com que alguma coisa mude. Não será a distância o problema para nossas histórias e companheirismo. Desejo-te toda sorte do mundo, e desejo que você seja a pessoa mais feliz, bem-sucedida e realizada desse mundo, porque você, como poucos, merece!

Irmão, eu carrego o seu coração comigo. Eu carrego-o no meu coração!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

À espreita

É como se tivesse parado no tempo, esguio, pensativo, melancólico, cansado, esperando... Como se esperasse! Aquela sensação de que as horas não passam, os minutos se eternizam e o dia se arrasta. Como se esperasse um telefonema diferente, uma mensagem inédita, uma 'surpresa surpreendente'. Como se o dia não fosse dia, como se a manhã fosse noite e como se a noite fosse sono. Resume-se em esperar!

Refletir no rosto a dúvida, a incerteza, a falta de memória, a confiança e os desejos fazem de nós escravos do mundo, escravos da exitência. O que eu fiz ontem? Se tiver interesse em saber, poderia sentar e narrar detalhe por detalhe, minuto por minuto e, ainda assim, surpreenderia-te com os detalhes de quantas vezes ao dia reservo meu pensamento a você, e só a você. Não é esforço... mas passa a ser icógnita. Deparar com coisas que não sabia, que saltam aos olhos, e sentir como se não fosse importante; como se não fosse relevante lembrar, relembrar e contar.

É coisa de pele, de toque, de abraços. É coisa de interesse, de esforço e de disse-me-disse. Coisas que eu faço e não percebo; coisas que me empenho; coisas que se destacam. Ainda assim, é como se vivesse à espreita; como se sentisse que fizesse apenas a obrigação, e nada mais que a obrigação. Se assim é, porque não reflete tudo isso? Porque não é da mesma forma da outra parte? A metade. Ou a maior metade [etranho. não é?].

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Das crises e dos desejos

Eu falo de meus sentimentos com uma facilidade enorme. E isso não é uma vantagem. Ser "transparente", às vezes, requer de você um jogo de cintura maior do que o necessário. Uma vírgula colocada no lugar errado, um ponto final sem necessidade, as reticências temporárias, os pontos e vírgulas errôneos são uma tortura sem fim. Celular no bolso, minutos que passam rápido, falta de abraços e de surpresas. O dia-a-dia toma de você o pouco que ainda resta de prazeroso.

Se eu não tenho dinheiro, não consigo pensar em outra coisa senão nas dívidas; se tenho dinheiro, começo a pensar nos investimentos que quero fazer. Se minha agenda de trabalho está lotada, não tiro nenhum minutinho para meu intervalo; se ela está livre, vou resolver outras coisas que surgem. Se estou com sono, não consigo agir e raciocinar como deveria; se estou descansado, aproveito a energia para correr contra o tempo. Se recebo reclamações, arrumo minhas desculpas para não ser somente o errado; se reclamo, tenho motivos para fazê-los - mesmo quando me torno enjoado, exagerado, minucioso e detalhista.

Se falo, não falo. Me calo! Cansaço, desleixo e cansaço. Preguiça, rotina e cansaço. Um dia aqui, o outro ali. O coração dói, lateja e se acostuma. Você aprende e se torna igual. E ser igual é péssimo! O que me destaca? Os meus 1,80 metros? O meu sorriso bonito? Os braços e pernas fortes? Afinal, sou feito de quê?

Queria poder enxergar além da barreira. Ser feito de amor é o que importa. É o que, no final, sobra! Sozinho, basta nascer. Ninguém nasceu para ficar sozinho. Dar, doar e receber. Receber, dar e doar. Um pouco de mim, um pouco de ti. Um pouco de todos nós. Quando será que perceberemos para o que fomos feitos? Para que servimos? Para quê viemos?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quando o ócio é criativo

Na maioria das vezes, tendemos a viver e a pensar sobre as angústias e as incertezas da vida. Não pode sobrar um segundo ocioso, e os pensamentos se misturam com agitos, inquietudes, especulações e medos - pouco depois das aspirações e sonhos. O mesmo medo que nos encaminha à insegurança e à [baixa] estima. Quando percebemos, a coisa já tomou proporções gigantescas, e aí então, temos que saber lidar com tudo o que tem se passado.

Não basta querer viver um dia de cada vez. Não tem como - ainda mais quando você é uma pessoa que vive para agradar, para fazer, para doar, para tentar surpreender. É imprescindível pensar no outro sempre que se pensa em você mesmo. E isso é ótimo. É um dom! Desde quando traz benefícios para ambos, e não só para o outro. A reciprocidade sempre é uma boa escolha. Fato é que a confiança é um presente de Deus. E esse é o meu melhor presente. Se não há confiança, não há relacionamento. Não há amizade, não há namoro, não há afeto.

Partindo desse pressuposto, os dias ficam mais leves, mais simples, mais belos. É um segundo de risada mais gostosa com os amigos, um lanche que voa na hora do intervalo de 45 minutos, que eram para ser 15. A ida pra o trabalho se torna menos penosa, o dia passa mais rápido, literalmente. A saudade aumenta e a chegada em casa, por incrível que pareça, se torna ainda mais prazerosa. Então, você começa a perceber que tem que se cuidar mais e que, de alguma forma, tem que pensar mais em você. Por que, afinal, tudo isso depende só de você. Do seu estado de espírito, dos seus desejos, da sua força de vontade, do seu querer, dos seus gostos e afinidades.

A melhor forma de aproveitar o tempo ocioso, acredito, é saber ocupá-lo com as coisas que te deixam bem, à vontade; que te fazem ficar mais leve, menos preocupado, menos apreensivo. Deixar que, às vezes, as coisas simples passem em branco [por mais que elas tenham significado para você]. Começar a agir de acordo com a maneira com que os outros agem com você - para que não haja decepção e para que não esperemos o que o outro não pode te dar, por mais que você ache aquela a tarefa mais simples já delegada a alguém. É leve, frio, gostoso. É criar o que verdadeiramente importa na vida!